segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Bmw S1000 RR


A BMW S1000RR estabelece um novo padrão mundial para as motocicletas superesportivas. Ela está um degrau acima de qualquer concorrente e nesta condição, abre o caminho para outras fábricas experimentarem o mesmo desafio. Foi assim com o lançamento da Yamaha R1 em 1998 e já havia sido assim com outras motocicletas de outras marcas antes. Alguém ousa, inova e acerta. Chegou a hora da BMW.

Essa moto, além de ter um motor que esbanja virtudes, traz tudo o que há de mais novo em termos de tecnologia para motocicletas, como ajustes de mapas de injeção, controle de tração, ABS, tudo integrado e administrado por processamento eletrônico. Traz também todos os ajustes independentes de suspensão que se pode desejar numa motocicleta esportiva. A melhor parte: o preço da BMW S 1000 RR é compatível com seu desempenho: muito competitivo.

A nova BMW S 1000 RR é uma superesportiva e como tal foi testada por Motonline. Utilizamos na cidade, na rodovia em viagens curtas e por caminhos tortuosos e muito prazerosos, e por fim a colocamos na pista de Interlagos, com um piloto profissional


A competência da marca em propor novas soluções em tecnologia fica evidente na S 1000 RR. Este é um comportamento tradicional da marca alemã, mas com esse modelo, o resultado final ficou melhor que a soma das partes. Para um piloto comum, ela representa um grande desafio. Como absorver todas as possibilidades que a tecnologia embarcada propõe? Por exemplo: O uso de todos os seus recursos demanda uma pista de corridas - existe até um plug especial que não permite selecionar o modo “slick” quando estiver desconectado. Ele deve ser retirado no uso diário para evitar ser selecionado indevidamente, pois fica perigoso selecionar esse modo no uso urbano.

Com tantos recursos e ajustes, veja o comportamento da BMW S 1000 RR nos diferentes ambientes para os quais ela pode ser utilizada.


No trânsito - Avaliação

Na rua não se espera de uma moto esportiva o máximo de conforto, menos ainda para um garupa. O banco e as pedaleiras para o passageiro são simbólicos, quase ilustrativos. Evite usar sob pena de levar uma bela bronca, principalmente se quiser passear com a namorada. Vai dar problema na certa.

A posição do piloto é boa, considerando a sua esportividade, pois há espaço suficiente, mesmo para uma pessoa de estatura maior. As pernas ficam com um bom apoio, não muito flexionadas e as barras da direção não são muito baixas. É possível pilotar por várias horas sem muito cansaço, mas para uso na cidade, em manobras de estacionamento ou nas ruas apertadas percebe-se que há pouca capacidade para manobras devido ao pouco curso da direção. De novo, um aspecto comum para uma super esportiva.

No transito pesado, sem vento frontal, o motor gera bastante calor e se for ligada a ventoinha (acima de 100ºC) pode ficar muito quente em volta da moto. Uma providência coerente para conservar o motor, mas um incômodo para o piloto. Deve-se evitar o uso contínuo em trânsito pesado, mas esse também é um aspecto bem comum nas esportivas em geral.

A rotação em marcha lenta fica em torno de 1200 rpm, que fornece torque suficiente para “taxiar” o “míssil” apenas com a embreagem nas manobras em baixa velocidade. Evite acelerar porque controlar esse avião em rotação mais alta dificulta seu controle pois ela é muito rápida.


 Nas rodovias - Avaliação

Nas estradas e rodovias a proteção da carenagem fica bem baixa, o que obriga uma posição mais radical (abaixada) para vencer o vento tranquilamente em maior velocidade. Nas curvas está a grande aptidão dessa motocicleta, pois responde rápido e com grande precisão aos comandos do piloto. Em saídas de curva surge o excepcional torque do motor e a grande vantagem da troca de marcha assistida (Shift Assist).

É só puxar o pedal do câmbio para cima sem mexer na embreagem ou acelerador. A troca é macia e muito rápida.


A aceleração nas saídas de curvas é estupenda e os vários tipos de ajustes de resposta do motor afetam também a atuação do controle dinâmico de tração (DTC) que conta inclusive com um sensor de inclinação. Então acabam por permitir uma saída rápida e segura, mesmo para os pilotos menos experientes.

O Race ABS é de última geração, combinando o acionamento do freio traseiro junto com o dianteiro, se acionado apenas o traseiro. Ou seja, o freio dianteiro continua independente e é possível executar toques no traseiro para ajustes em mudança de trajetória, sem que a frente mergulhe.

Tanto o Race ABS quanto o Controle Dinâmico de Tração (DTC) atuam de forma programada, de acordo com cada posição do seletor de modo de condução. Desta forma o sistema age em muitos outros aspectos além do simples mapeamento da injeção ou da ignição do motor.

Mas o ABS transmite um pouco de vibração quando ele entra em funcionamento. Para os mais experientes talvez valha a pena desligá-lo, assim como o DTC. Mas eles conspiram para uma pilotagem extremamente prazerosa e segura nas estradas, porque é possível o piloto adequar os ajustes da motocicleta às suas características de pilotagem e da sua viagem.

Essa é uma moto feita para andar na pista. Levamos a BMW S 1000 RR ao autódromo de Interlagos (SP) para uma avaliação em condições de pista e para isso convidamos o piloto profissional Marcelo Camargo Corregiari. Veja no destaque as suas impressões.


Análise técnica

A BMW S 1000 RR impressiona com a quantidade de recursos eletrônicos. A central que fica logo atrás da coluna de direção, funciona na verdade como o "cérebro eletrônico" da moto pois troca informações com os vários componentes por meio de um padrão de comunicação digital próprio, CAN Bus. Essas informações trafegam à velocidade de 1Mbps, e assim a administração da moto inteira é possível, com as várias opções de condução.

A central eletrônica gerencia todos os sistemas da moto, integrando o DTS (controle de tração), o ABS, o “Shift Assist” em cada um dos modos de condução, alterando mapas de ignição, injeção, acionamento das válvulas nos dutos de escape e a variação de comprimento do tubo ressonador da admissão. Toda essa parafernalha eletrônica atua de forma inteligente para proporcionar, de acordo com a opção selecionada, um desempenho adequado às exigências do piso e habilidades do condutor.

No modo RAIN a curva de torque é bastante plana e estão disponíveis “apenas” 150 cv, para evitar condições de risco de derrapagem com piso liso. Também o ABS tem sua sensibilidade aumentada. O sensor de inclinação tem uma grande influência no controle de tração para condizer com as condições do piso. Pode-se considerar esse modo uma opção interessante para novatos ao ingressar numa pista, mesmo seca. Evita sustos maiores.

No modo SPORT a resposta do motor ainda é cautelosa, mas já coloca os 193cv. O ABS atua tão rápido quanto antes e o DTC já permite alguma saída de traseira numa aceleração maior. Demanda um piloto um pouco mais experiente. No modo RACE a sensibilidade do ABS fica menor e o DTC vai atuar mais tarde ainda. Já são possíveis pequenos “wheelies” nas acelerações e “RLs” nas frenagens. Apenas até esse modo a BMW recomenda usar nas rodovias. Uma proposta inteligente.

O modo SLICK apenas pode ser selecionado com o conector especial acoplado ao chicote, abaixo do banco do piloto (que por sinal é bem complicado para retirar e colocar).

Nessa opção, o sistema admite que há ótimas condições de tração, possível apenas em pistas de corrida. O ABS permite travar a roda traseira e o DTC permite em casos extremos virar a moto para trás. O motor está com sua potência máxima.

Ciclística muito boa. Respostas rápidas, mas atenuadas pelo amortecedor de direção que permite altas velocidades sem que haja oscilações importantes do chassi.

Este tem a construção bem atualizada, com duas barras periféricas e a entrada de ar do sistema “ram air induction” que passa em volta do canote da direção, de acordo com os padrões atuais da indústria. Recebe o motor como parte da estrutura e acaba por formar um conjunto muito rígido e leve.

Na sua geometria percebe-se a preocupação em manter o centro de gravidade baixo e as massas centralizadas, novamente seguindo os padrões da indústria. Contudo, como numa autêntica moto GP ela conta com vários ajustes na geometria do chassi. Altera a distância entre eixos de 1414 mm a 1459 mm, a altura da traseira pode subir até 10mm e o pino do pivô da balança pode mudar de altura substituindo calços. Assim ela pode contar com uma ampla gama de configurações para vários tipos de pista.

O ângulo do rake é bem agudo, apenas 23º, o que proporciona respostas muito rápidas aos comandos do piloto ao guidon, e devido ao bom amortecedor de direção, não causa nenhum efeito colateral como shimmiy, por exemplo. Assim, o comportamento é leve e rápido, mas não perde estabilidade por causa do controle que o sistema de amortecedor de direção proporciona. Parece até que está ligado na "central de inteligência" da moto. Mas não está e nem conta com nenhum ajuste.

O Motor, alimentado por quatro borboletas de 48mm responde por comando eletrônico (throttle by wire) de forma que, ao mudar o seletor de modo de condução, a resposta do acelerador também muda, indo para um curso total de apenas ¼ de volta no modo race em diante. Isso causa uma ação “calmante” no sistema, se você não está focado em máxima performance. Se fixar o acelerador por muito tempo numa posição parcial, digamos, em quinta marcha a 100 Km/h, o acelerador “muda” a posição da borboleta, porque ao definir um curso maior no acelerador, a posição da borboleta se fecha proporcionalmente ao curso maior, diminuindo assim a velocidade. Essa dinâmica resulta em uma condução mais econômica se ele subir de marcha. A alternativa é manter a aceleração máxima até o ponto de frenagem correto e assim obter um melhor resultado.

Esse motor 4 tempos tem uma configuração extremamente “oversquared” ou superquadrada. Com diâmetro e curso dos pistões forjados de 80 mm x 59,7 mm em cilindros de NikaSil com duplo comando no cabeçote e quatro válvulas de titânio (2x 33,5 mm na admissão e 2x 27,2 mm no escape) cada um. O acionamento delas é feito por balancins extremamente leves com uma relação de 1:1 (cada mm levantado pelo comando corresponde a 1mm levantado na válvula). A alta compressão de 13:1 demanda um sistema de controle de detonação (Anti-knock-system) incorporado na administração do motor. A potência máxima fica em torno dos 193 cv a 13000 rpm. O torque 11,4 Kgf-m a 9750 rpm. Trabalhando com o sistema de gerenciamento eletrônico, um motor que pelas suas características técnicas seria de apenas alta rotação consegue ser muito plano e com ótimo torque em todas as situações.

O Câmbio tem seis marchas de engate constante e já vem com o acionamento assistido para mudança para cima. O piloto só tem que puxar a alavanca para a mudança ser feita no mínimo de tempo. Quase imperceptível. O escalonamento para esse motor quase fica irrelevante, pois é preciso chamar toda potência do bólido para verificar que sim, as marchas se encaixam na faixa de maior torque e potência, resultando numa aceleração estupenda.

No fim de uma viagem de 400 km, em curvas de baixa usando toda aceleração disponível, os meus braços, pernas e coluna ficaram em pandarecos. Variando o meu encaixe na moto ora com as pernas, ora com os braços, ora com os dois, cheguei quebrado. E os freios, demandam mais força do condutor afoito para ficar em cima da moto. Potência de sobra e sensibilidade para não ser jogado sobre o tanque, pois as pinças de fixação radial contam com quatro pistões de 34 mm cada em dois discos de 320 mm flutuantes na dianteira e 220 mm na traseira. Tubos flexíveis reforçados em malha de aço maximizam a performance.

A suspensão fabricada pela Sachs é firme, mas compliante – capacidade da suspensão em responder às trocas de movimento recíproco - com pouca massa suspensa em relação ao curso. Ela responde muito bem no ajuste de fábrica e permite muitos outros ajustes para cada tipo de piloto e pista. A traseira conta com um amortecedor que dá 130mm de curso na roda. O ajuste de pré-carga da mola é feito com um anel simples, travado com parafuso e a progressividade é garantida com o link, montado por baixo. Ajusta compressão em alta e baixa velocidades e retorno, tudo indexado por 10 clicks para fácil memorização.

Na dianteira, as barras são de 46 mm tipo “upside down”, com ajustes de altura para 15 mm e no sistema hidráulico conta com 10 clicks para compressão e retorno. O acabamento é primoroso, digno da marca. Pintura excelente, os encaixes dos plásticos são exatos e os ângulos perfeitos.

A instrumentação é muito completa. Um tacômetro analógico domina o painel, acompanhado por dois displays de cristal à direita deste. Iluminação é perfeita, pois conta com um sensor para aumentar ou diminuir o LCD, juntamente com a intensidade do farol. Detalhes que impressionam.

O mostrador de cristal líquido expõe a velocidade instantânea, a marcha engatada e o modo de condução selecionado. No segundo mostrador você lê a temperatura do motor, relógio e os hodômetros (1,2 e total) no modo road. No modo “lap time” há um sistema para monitorar tempos de pista, com número da volta atual, o tempo da última volta, o tempo acumulado da volta corrente. Pode ser configurado para indicar a volta mais rápida, o número de voltas totais, posição porcentual médio do acelerador nas voltas, tempo total de acionamento do freio, velocidade máxima e mínima na volta selecionada e número de trocas de marcha.

A luz de indicação de troca de marchas fica em lugar bem visível. O ajuste é apenas na freqüência do pisca-pisca e na sua luminosidade. Além da função normal para troca de marchas ela tem uma segunda função, para indicar o giro correto para a largada na pista. Ao piscar na faixa de 9000 rpm determina o melhor momento - acima disso permanece acesa e abaixo fica apagada.

Suzuki, Honda e Yamaha 600cc

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não resta dúvida de que esta trinca de marcas possui uma boa credibilidade pelo desempenho nas estradas. Mas para que o motociclista chegue até as rodovias, ele terá de enfrentar — por menor trecho que seja — o tradicional congestionamento dos centros urbanos.

Nossa tarefa, portanto, será descobrir como cada uma se comporta no trânsito da cidade de São Paulo, encarando os corredores formados pelos carros, o engarrafamento, entre outros vários pontos, como até mesmo a relação dessas gigantes com as irmãs pequenas.

Cada uma das máquinas será avaliada durante uma semana. E em cada dia desse período publicaremos um “Diário de Bordo”, contando os principais acontecimentos e aventuras vivenciadas.

A conclusão desta reportagem será um comparativo dos três equipamentos, com o objetivo de passar para você, leitor, as características positivas e negativas das conceituadas motocicletas.

A primeira a ser avaliada é a Bandit 650cc, da Suzuki, que logo no primeiro dia de teste teve de enfrentar um piso escorregadio, devido à chuva.

Confira então o relato de estréia, narrado por nosso piloto de testes e jornalista Bruno Rocco:

Ontem, no primeiro dia de teste com a Bandit, rodei 53,3 Km e notei que mesmo a moto sendo pesada, devido ao seu porte, ela é bastante maleável, permitindo uma entrada e saída rápida dos corredores.

Apesar de seu tamanho, ela passa entre os carros com bastante facilidade, mas em certos pontos de lentidão é inevitável dar passagem para motoboys, pois com essa moto é preciso ter cautela, não só com o guidão que fica na altura de muitos retrovisores, mas também com o retrovisor da própria moto, que além de permitir uma ótima visão traseira é um pouco alto, notado isso quando me deparei com caminhonetes.

À noite, em meio ao trânsito da avenida Paulista, controlei bastante a moto na marcha, mas como estava me acostumando com meu brinquedo novo, não queria forçar o motor, por isso, trocava as marchas entre três mil e quatro mil giros.

A moto me surpreendeu em certo aspecto, pois mesmo estando a 50Km/h em quarta marcha, a menina da Suzuki não engasgou uma vez sequer.

Em certo momento na avenida Ibirapuera, não pude evitar, e ao abrir do farol estiquei um pouco as marchas para conferir a potência do motor, deixando motos e carros para trás.

Mesmo neste pequeno trecho, a moto mostrou ser bastante estável, não apenas na subida de marcha, mas também nas reduzidas, quando me aproximei do trecho em lentidão.

A Bandit 650cc chama muito a atenção. Quando parava em faróis ou mesmo no trânsito, eu me deparava com as pessoas olhando e comentando sobre o motor e outras características da moto. Muitos motoboys a confundiram com a Fazer 600cc.

A carenagem muitas vezes não permitia com que eu passasse em trechos onde o trânsito se encontrava parado, mas é um detalhe que não difere em nada quando o tráfego está lento.

Ontem, saí da sede do MOTO.com.br e, depois de alguns quilômetros pilotando pela cidade de São Paulo, fui parado por policiais para verificação dos documentos. Nada além disso, coisa de rotina.

Depois da verificação e da tensão inicial, comecei a conversar com os policiais, os quais começaram a fazer perguntas sobre o motor, estabilidade e outros aspectos da motocicleta. No final da história, fui elogiado pela máquina que estava sob minhas pernas, e eu também não podia deixar de elogiar o ótimo serviço e educação mostrados por eles.
 
 

Hornet cb600


A linha CB da Honda já fez história no Brasil. A sigla “Citizen Band”, faixa do cidadão, em inglês, resume bem a proposta das motos dessa família: o uso urbano. Caracterizadas pelo visual naked, com o farol se destacando ao lado do motor descoberto, as motos da família CB são ideais para o vai-e-vem do trabalho todos os dias e encaram bem uma viagem, desde que seja por estradas bem pavimentadas.

Atualmente, a representante mais desejada desta linha no país é a média-cilindrada CB 600F Hornet. Lançada no Brasil, em 2004, para substituir a CB 500, a Hornet trouxe inovações em relação à antecessora: traseira monoamortecida e motor quatro-em-linha – a 500 usava o sistema biamortecido e tinha apenas dois cilindros. Mesmo defasado em duas versões em relação à Hornet comercializada na Europa, o modelo vendido no Brasil já conquistou diversos fãs e está até nas pistas do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade, com a recém-criada Copa Hornet. Ao todo foram vendidas 9.982 unidades entre novembro de 2004 e fevereiro deste ano (4.843 em 2006).

Antiga receita
A receita é a mesma da lendária CB 750, lançada em 1969, modelo que marcou o início da invasão das motos japonesas em todo o mundo. Motor de quatro cilindros, boa dirigibilidade e conforto sem muita frescura. Não há carenagem, nem muitos detalhes estéticos. Uma moto com cara de moto.

A Hornet traz um motor de quatro cilindros em linha com 599 cm³ de capacidade. Tem linhas discretas e boa maneabilidade, além de ser fácil de conduzir. O propulsor traz duplo comando no cabeçote (DOHC) e refrigeração líquida. Produz 96,5 cv de potência máxima a 12.000 rpm e torque de 6,43 kgm a 9.500 rpm. O resultado é um motor bastante elástico, que proporciona força desde as baixas rotações e boa resposta também em altos regimes. Aliás, este é um dos grandes trunfos deste propulsor. Pode transformar essa tranqüila cidadã em uma nervosa esportiva.

Apesar de moderno e do bom rendimento, o motor é alimentado por quatro carburadores. A injeção eletrônica já foi incorporada nas duas versões mais recentes da Hornet à venda em outros países.

Fuja dos buracos
Com quadro monotrave superior e o motor fazendo parte da estrutura, a Hornet gosta mesmo é de ruas bem asfaltadas. Suas suspensões – telescópica na dianteira e monoamortecida na traseira – têm curso reduzido. Com isso, qualquer obstáculo, como valetas, lombadas e buracos, faz a moto “pular” bastante.

Mas quando a avenida tem boa pavimentação, o piloto segue confortável, já que o largo banco e o guidão em uma posição cômoda garantem uma excelente ergonomia. Apesar das pedaleiras recuadas, a posição de pilotagem é bastante “civilizada” em comparação com as superesportivas da linha CBR. Ao subir na Hornet, parece que ela é sua há muito tempo.

Ao se acomodar, o piloto tem à frente o clássico painel de dois mostradores com conta-giros e velocímetro analógicos, além de medidor de temperatura do motor, hodômetro digital e luzes de advertência. Entre elas, a luz de combustível, que serve apenas para indicar que é preciso abrir a torneira de reserva. O consumo, aliás, é um dos pontos fracos do modelo: ela faz em média 16 km/litro. Em uma tocada mais esportiva, buscando a potência máxima, o consumo pode ser ainda maior.

Desejada
Com preço praticado (em São Paulo) de R$ 31,5 mil, a Hornet é um dos modelos mais desejados na categoria naked de média cilindrada – tanto pelo seu apelo estético quanto por sua versatilidade. Sua grande rival é a Suzuki Bandit 650. Com motor de mesma arquitetura, porém refrigerado a ar, a Bandit 650 é um pouco mais cara: R$ 33.586.

A Hornet é ideal para quem quer uma moto versátil - meio de transporte no dia-a-dia e companheira de viagens. Além de ser a evolução natural e o desejo dos motociclistas cidadãos que têm uma naked de 250 cm³.


                                                     HONDA CB600F HORNET 2004


                                                    HONDA CB600F HORNET 2010

CBR 1100 XX SuperBlackBird


Lançada em 1997 quase por surpresa e afirmando-se como a maior e mais potente super-desportiva da Honda, a estupenda CBR 1100 XX Super BlackBird junta muitas das mais avançadas tecnologias de ponta da marca nipónica, misturada com um desenho elegante e agressivo, capaz de a tornar numa das motos mais desejadas pelos amantes das viagens rápidas e não só. Um motor potente, um conforto extremo e um lote de qualidades dinâmicas revistas primeiro em 1999 e depois em 2001, são apenas alguns dos atributos da moto que transformou o conceito de viajar ou simplesmente servir…

A CBR 1100 XX foi estudada e construída para satisfazer os que realmente pretendem uma moto de elevadas prestações e tecnologia mas também com estilo muito próprio. Apesar de em 2001 ter recebido algumas pequenas modificações estruturais, foi em 1999 que se deu a primeira e mais notada alteração de componentes funcionais, ajudando-a a manter o estatuto de moto de eleição entre os amantes das super-desportivas. Desde o início, a CBR 1100 XX foi desenvolvida no intuito de desenvolver a máxima efectividade em qualquer situação.

Em vez de romper as barreiras de velocidade à custa de mais potência, a equipa de desenvolvimento da XX optou pelo "caminho de menor resistência" minimizando o obstáculo mais importante a uma velocidade elevada: a resistência ao vento e ao fluxo aerodinâmico. Graças ao desenho anguloso e perfilado da frente deste modelo, não só a estética é única e distinta, como se se realizou uma revolução a nível aerodinâmico, resultando a carenagem frontal mais eficiente e com um coeficiente de penetração aerodinâmica superior ao de uma 250 cc. Condutor e passageiro podem desfrutar por isso de uma moto que alia potência e eficiência, mas que tem também um nível de conforto elevado assim como um extraordinário coeficiente de segurança activa. Tudo numa moto sempre fácil de levar.

Kawasaki ninja 1100 não perdeu o trono pra CBR 1100xx

A ZX-11 é uma motocicleta da categoria Super-Esportiva fabricada pela Kawasaki. Foi, até a chegada da Honda CBR 1100XX SuperBlackbird, em 1997, a motocicleta de fabricação em série mais rápida do mundo, com 284 km/h de velocidade final homologada.
Foi substituída pela ZX-12R. Na verdade a categoria da Ninja ZX 11 é Sport Touring e não uma super-esportiva. Outro engano comum depois do surgimento da CBR 1100 XX, a Blackbird da Honda é que a ZX 11 perdeu em velocidade final. A grande verdade é que a final real da BlackBird é de 278 km/h e da ZX11 é de 283km/h.Até porque a potência da XX é de 144 cv contra 151 cv da Ninja. Outro engano muito comum é em relação ao potencial e facilidade em curvas dessa ninja ZX11, que apesar de um visual grandão e pesado, esta máquina faz curvas muito bem e com extrema estabilidade, basta o piloto ter coragem para deitá-la.Parou de ser fabrigada em 1998, sendo lançado neste ano o modelo 1999, portanto, as muitas ZX11 ano 1999 que ainda rodam pelo Brasil e pelo mundo, na verdade são de fabricação no ano 1998 e modelo 1999. Alguns números relevantes da Ninja ZX 11: Aceleração de 0 a 100 km = 2"26 Potência = 151 cv a 10.000 rpm Consumo médio = 14,44 km/l Tangue de combustivel = 24 litros(o maior da categoria) Peso(seco) = 233 kg Velocidade final real = 283 km/h.